O Seven Horizons é um grupo italiano de prog metal fundado a apenas três anos atrás pelo baterista Jordan Thomas e pelo tecladista Riccardo Oneto. Na seqüência, completaram a formação o guitarrista Gianluca Russo, o vocalista Celso de Freyn e as partes de baixo gravadas pelos musicos convidados Davide Canale (que gravou as faixas 1, 5, 6 e 11) e Giusti Agnello (2, 3, 4, 8 e 9). Com uma mensagem otimista e com influenciados por artistas como Dream Theather, Petra, Neal Morse, Metallica, Emerson, Lake & Palmer (para mencionar apenas alguns), esse grupo cristão lança seu primeiro álbum ao final de 2010, o homônimo Seven Horizons, contendo onze composições (entre essas uma cover) e já pegam a estrada para a promoção de seu material.
"The System Is Dead", a faixa que abre o play, é de cara um apanhado das caracterísicas do prog metal, bateria quebrada, diversificada, com vários andamentos, mudanças ritmicas, tudo isso costurado por melodias de teclados e guitarras e aclimatações. Convém ressaltar que o vocalist Celso se sobressai também (o que não é comum no estilo onde os instrumentais geralmente são primordiais) colocando seu timbre agradável e uma executando uma excelente interpretação à composição. A seguir temos "Into The Sunshine", uma pouco mais "fluída" que a anterior mas preservando os arranjos característicos e virtuosisticos do estilo. Partes mais lentas e viajantes (esta com um lindo solo de piano) a la Jethro Tull se alternando com partes mais pegadas.
"Empty Jail", "Judgement Theory" e "The Miracle" mostram introduções mais light, são composições mais cadenciadas porém complexas, quebradsa, mas que ganham velocidade e peso a medida que a musica evolui. Essa última apresenta tons mais dramático que as anteriores.
"In The Wilderness" se inicia com arranjos cabulosos, virtuosismo para cair numa parte vocalizada com bastante melodia, onde o vocalista eleva ao máximo sua interpretação e bom gosto.
Piano e uma bateria programa dão inicio a "Goliath´s Head", uma andamento lento e interpretação melancólica que segue assim por toda a composição mas, esta não cai em monotonia pois há um longo solo de teclado que faz o ouvinte viajar realmente. O final da mesma é o início da próxima, "Pathway To The Throne", quase que uma instrumental bastante diversificada onde os músicos mostram todo o seu poder de fogo, no final da mesma a uma parte cantada, onde os tons mais altos foram fantasticamente bem interpretados pelo vocalista. "War For The Earth" abre com arranjos de bateria e logo cai numa sessão ritmica quebrada, ponderosa, bastante trabalhada (assim como os demais instrumentos), onde os teclados costuram ao infinito as partes cheias de groovies de baixo, batera e guitarra. A composição é rica, cheia de mudanças ritmicas,d e andamentos, de arranjos por parte de todos os instrumentistas, aclimatações, etc, enfim, bastante inspirada sem deixar de lado o feeling, O resultado final é espetacular. "Seven Horizons" vem a seguir, a faixa que dá nome à banda e ao álbum se inicia em arranjos de piano apoiados sobre teclados que por sua vez criam também as melodias conferindo uma aspecto nostálgico a mesma e segue nesse clima melancólico e misterioso até o seu final. Por fim, "Ancient Of Days" encerra o trabalho, uma faixa de andamento médio mas dessa vez mais comedida em variações. Destaque para as melodias dos vocais e vocais de apoio criando um refrão grandiloqüente e bem marcate, algo épico a altura dos melhores trabalhos do Queen.
Temos aqui uma banda bem promissora no cenário brasileiro e mundial também. Os músicos tem um ótimo domínio de seus respectivos instrumentos e a parte de criação é uma usina musical. Enfim, uma banda detentora de uma musicalidade riquissima, de bom senso estético, estrutural e quem tem tudo para explodir muito em breve. Abram o olho produtores.
(Fred Mika)
